sábado, 6 de novembro de 2010

Ressonância Magnética do Joellho

   


   A ressonância magnética ( RM ) do joelho é uma técnica imagiológica não invasiva que permite obter imagens do joelho, em particular da cartilagem e dos seus tecidos moles, como os músculos e tendões vizinhos, os ligamentos, os meniscos  e até mesmo o osso esponjoso sob a cartilagem.
   A RM é uma técnica muito útil para identificar e avaliar uma série de lesões no joelho como :  rotura dos ligamentos cruzado anterior e cruzado posterior, bursite pré-patelar, quisto de Baker, rotura do menisco, rotura dos ligamentos colateral interno e colateral externo, rotura da cápsula postero interna e postero externa, fractura e doença da cartilagem, doença da sinovial, necrose avascular ( osteonecrose ), tumores de tecidos moles e do osso e situações de processo com dor inexplicável no joelho que não se diagnosticam por outros métodos.
   Ao contrário do Rx e exames de tomografia computadorizada ( TC ), que utilizam a radiação ionizante, a ressonância magnética utiliza poderosos magnetos e ondas de rádio. O campo magnético produzido por numa ressonância magnética, é cerca de 10 mil vezes maior que o da Terra.
   Esse campo magnético força os átomos de hidrogénio nas estruturas do organismo a alinharem-se de uma determinada maneira (semelhante à forma como a agulha de uma bússola se move quando é colocada perto de um íman). Quando as ondas de rádio são enviados para os átomos de hidrogénio já alinhados, estes respondem de modo particular e o computador que lhe está acoplado regista os sinais emitidos. Os diferentes tipos de tecidos enviam sinais diferentes, facto que nos permite a sua definição.
As imagens individuais de ressonância magnética são chamados “ cortes “. Um exame efectua por vezes, dezenas destas imagens.
   Estas imagens são armazenadas no computador, para avaliação pelo radiologista e impressas em filme ou CD para disponibilização ao ortopedista.
Para a realização da RM o doente deita-se de costas sobre uma mesa, que desliza para dentro do aparelho de ressonância magnética, que normalmente tem a forma de um tunel. Pequenos dispositivos chamados bobinas, podem ser colocados à volta do joelho, de modo a ajudarem a enviar e a receber as ondas de rádio e assim a melhorar a qualidade das imagens.
Excepcionalmente alguns exames de RM do joelho necessitam da administração de contraste. Este é dado antes do exame, através de uma veia no antebraço. O contraste permite ver certas áreas com mais clareza e até definição. O contraste mais utilizado é o gadolínio. As reacções alérgicas a esta substância surgem muito raramente
O exame pode demorar até 40 minutos. Nos doentes que têm medo de espaços confinados ( que tem claustrofobia ), pode haver a necessidade de se administrar um medicamento que ajude o doente a manter-se menos ansioso. Em doentes que não suportam de todo “ entrar no tunel “ há hoje a possibilidade de efectuar o exame numa ressonância magnética “aberta”, máquina que não é tão fechada e está mais afastada do corpo, apesar da qualidade de imagem não ser tão fiável.
   O forte campo magnético criado pela máquina durante uma RM pode interferir com certos implantes, especialmente os pacemaker. Doentes com pacemaker cardíaco não podem ser estudados por RM e nem sequer podem entrar numa sala de ressonância magnética. Os doentes com clips de aneurisma cerebral, com válvulas cardíacas artificiais, com implantes no ouvido interno (cóclea), com próteses articulares colocadas recentemente, com alguns tipos mais antigos de stents vasculares, não podem fazer uma ressonância.
   A RM não expõem o doente a radiações e até hoje, não estão descritos efeitos colaterais significativos provocados pelos campos magnéticos e ondas de rádio sobre o corpo humano.

Ressonância Magnética do Cranio



O que é o exame:

É um método não-invasivo, geralmente indolor, que utiliza um campo magnético poderoso, sem radiação ionizante (raios-X) para formação  de imagens de estruturas crânio encefálicas. O paciente deita sobre uma  superfície plana e é conduzido para dentro de um túnel onde há emissão de ondas de rádio.

Para que serve:

Auxilia no diagnóstico de tumores cerebrais, anomalias do desenvolvimento cerebral, anormalidades vasculares (como aneurismas), alterações oculares e da orelha interna, acidente vascular cerebral, doenças da glândula hipófise, algumas doenças crônico-degenerativas do sistema nervoso (como esclerose múltipla) e traumatismo crânio-encefálico em pacientes selecionados.

Instruções para a realização do exame:

Em geral não há necessidade de dieta específica ou medicamentos. Em virtude do forte magnetismo, objetos metálicos não são permitidos no local do exame. Itens como jóias, relógios, cartões de crédito e acessórios (brincos, pulseiras, entre outros) devem ser retirados. Dentaduras também devem ser removidas. Pacientes com uso de marca-passo, assim como de implantes cocleares, clips para aneurismas cerebrais, valvas cardíacas metálicas, stents vasculares mais antigos e próteses articulares colocadas recentemente não podem ser submetidos à RM e não devem adentrar a área. Em caso de necessidade de uso de meios de contraste, é feita injeção em veias do braço ou antebraço. O paciente deve informar alergia ou reações prévias.

Riscos:

Não há, até o momento, documentação de efeitos adversos significativos da RM no corpo humano. Não há uso de radiação ionizante. O contraste intravenoso mais usado, gadolínio, é muito seguro e, embora tenham sido documentadas reações alérgicas, são de ocorrência extremamente rara. Entretanto, o gadolínio não deve ser administrado em gestantes pelo prejuízo potencial ao feto. Pacientes que não removem objetos metálicos de suas roupas antes do exame podem se ferir.

Ressonância Magnética do Torax





Como é realizado o exame:

O scanner de ressonância magnética é posicionado em uma área protegida dos campos magnéticos externos. É solicitado ao paciente que se deite sobre uma mesa estreita que desliza para dentro do cilindro do scanner. Esse scanner cria um campo magnético ao redor da pessoa e envia ondas de rádio ao tecido que se deseja analisar. Normalmente são necessárias várias tomadas de imagens, cada uma tomando de 2 a 15 minutos. A varredura completa leva cerca de uma hora, e algumas vezes pode levar mais de 90 minutos.

Como se preparar para o exame:

Não são necessários exames, dietas nem medicamentos preparatórios. Ocasionalmente pode-se pedir à pessoa que mantenha jejum por de quatro a seis horas antes do exame. Deve ser assinado um termo de consentimento para a realização do exame.
Pelo fato de os magnetos serem muito fortes, não se permite objetos metálicos na sala, visto que itens como jóias, relógios, cartões de crédito e aparelhos auditivos podem ser danificados. Alfinetes, grampos de cabelo, zíperes de metal e objetos metálicos similares podem distorcer as imagens. A exposição freqüente aos metais ferrosos (como é o caso das pessoas que trabalham em soldagens) pode dificultar a realização da ressonância magnética. Recomenda-se o uso de um avental ou de roupas de ginástica (e similares) que não possuam qualquer fecho metálico. As próteses dentárias móveis devem ser removidas antes da varredura.
Bebês e crianças: 
A preparação física e psicológica para este ou qualquer outro exame depende da idade da criança, seus interesses, experiência anterior e nível de confiança. Para obter informações específicas sobre como preparar a criança, consulte os tópicos abaixo, obedecendo aos critérios de idade correspondentes:
O que se sente durante o exame:

Não há dor. O campo magnético e as ondas de rádio não podem ser percebidos. O principal desconforto é a sensação de claustrofobia que algumas pessoas apresentam ao permanecer no interior do scanner. A mesa pode ser dura ou fria, mas sempre se pode solicitar um cobertor ou travesseiro. A máquina produz ruídos altos parecidos com pancadas ou zumbidos, que podem ser amenizados pela colocação de tampões de ouvido. Um técnico observa o paciente durante todo o procedimento e, para se comunicar com ele, pode entrar na sala ou usar o interfone instalado no scanner.
O excesso de movimentos pode borrar as imagens da ressonância magnética. Se o paciente estiver muito ansioso ou com dificuldade para permanecer deitado quieto, pode ser administrado um sedativo. Não é necessário o período de recuperação (a menos que o paciente tenha sido sedado). As atividades, dietas e medicamentos normais podem ser retomados logo após a ressonância magnética.

Motivos pelos quais o exame é realizado:

ressonância magnética fornece imagens detalhadas dos tecidos no interior da cavidade torácica sem a obstrução dos ossos. Ela pode ser utilizada para esclarecer os achados dos exames anteriores de raio X e da tomografia computadorizada. Esse exame pode mostrar as estruturas do peito por vários planos. É útil no diagnóstico de crescimentos anormais e pode fornecer informações quanto aos estágios (como tamanho, extensão e disseminação) dos tumores torácicos. A ressonância magnética mostra com clareza os linfonodos e os vasos sangüíneos, e é um procedimento não-invasivo que pode auxiliar na avaliação da circulação sangüínea. A ressonância magnética pode distinguir entre os tumores ou outras lesões e os tecidos normais. Algumas vezes a ressonância magnética é utilizada para se evitar os riscos de uma angiografia ou de repetidas exposições à radiação.